Para atuar no território tem que estar preparada para tudo, tem que saber lidar com a rua.
Mãe Beth de Oxum
Para onde e como estão organizadxs xs meta-laboratórios presentes na diversidade do nosso território pan-afro-indígena? Quais os arranjos e tecnologias sociais que emergem dos aglomerados urbanos? Queremos imersões em laboratórios que correm por fora da sandbox, espaços que geram influências a partir da produção, promoção e difusão de expressões criativas da diáspora e de cosmovisões plurais. Práxis que dissolvem tendências.
A cidade é hostil, sabemos. Um grande terreno para transform(ação. Qual o papel de coletivos como Coco de Umbigada, Escambo Coletivo e a Rádio Aconchego nesse desafio de propor territórios mais diversos para as pessoas? Vamos organizar uma jornada de lazer em espaços públicos dilacerados pela própria gestão municipal? Que tal propor outros modelos para a saúde pública e enfrentar essa propagação de doenças sociais geradas a partir de políticas públicas insuficientes?
Como aproveitar a energia que é dissipada diariamente nas periferias do país? O acúmulo de iniciativas mostra que estamos no meio de uma guerra contra a construção de identidades e pensamentos que extrapolam. A violência policial amedronta os povos periféricos e xs pensadores urbanos.
O mote é inverter o jogo, trazer a comunidade para o debate no território e provocar as pessoas para se olharem e se conhecerem um pouco mais e articular ações que garantam a função social do bairro.
Falar de visões-macro e não atuar na sua base é vacilo, somos negadxs o tempo inteiro, dentro e fora do nosso terreno. Por isso ocupar o espectro através das rádios, desenvolver laboratórios de games com Exu na porta, promover a diáspora e o afro-techno-xamã em busca de tecnologias mais harmoniosas com nosso ecossistema planetário.
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