O laboratório Barrocada experimenta hoje encontrar o EXU DA TERRA_uma ciranda de cabos de guerra vermelhos, rodando gps atônito, como fosse nosso corpo um radar sensitivo e estivéssemos a procurar um tesouro, quem sabe a solução de nossos problemas, ou o ponto vibrátil de onde irradiará a forca necessária para nossos desejos mais recônditos, EXU sabe: que cada corda atravessando o pau-ponteiro-falo da fertilidade é uma extensão de nossas veias sanguinolentas, nossa convergência de união para transformar: o sangue dado na sua presença, em cada canto da cidade onde premente EXU se apresenta na TERRA: composta por uma sequência de braços que brigam por si e se conectam a energia do outro, força de sustentação das coisas que estão: o BARROCADA quer perceber/tatear/localizar/sentir/fruir o EXU DA TERRA no centro do Recife, onde dois rios se encontram para formar o oceano que nos é familiar_buscar o EXU DA TERRA requer paciência, dialogo, os êmbolos de comunicação que EXU deslinda, abre, torna permeável, para reestabelecer as conexões de sentido ausentes, em plena segunda, quando a ordem do dia aponta para que estejamos_EXU comanda as forças da cidade, abre labirintos, fecha portas e janelas contra as pragas, EXU fértil da vontade de viver liberdade e plenitude_o Barrocada quer encontrar o EXU DA TERRA para harmonizar as faltas do mundo, pedir a EXU que intervenha a favor de seu povo_elegbara_ele tem o poder_e aceita nossa pequena vontade_a materialidade que se propõe nas cordas de sangue, no pau-azul que flutua no centro da ciranda_o EXU DA TERRA oscila na sua totalidade, brinca, provoca os ruídos dentro da comunicação, EXU pede o encontro_e o BARROCADA segue na sua busca, peles pintadas_CRIATURAS URBANAS_ancestrais encarnando a urbe de peles vermelhas, verve de sangue sob o sol, no comando das forças EXU DA TERRA.
